O Livro dos Apócrifos
O Livro dos Macabeus não é de todo reconhecido pelo judaísmo sendo excluído dos compêndios oficiais e tampouco pelos cristãos católicos romanos que o consideram apócrifo tanto quanto O Livro de Enoque. Todavia, sua narrativa é cativante citando importantes personagens do conjunto de livros considerados oficiais, por isso mesmo é utilizado como estudo juntamente com o Livro de Enoque, Jubileus e outros. Aqui se dispõe os dois primeiros volumes (primeiro e segundo livro). O texto do primeiro livro refere-se aos quarenta anos, desde a ascensão de Antíoco IV no ano 175 a.C., até o governo de Hircano em 134 a.C. A tradução grega do original em hebraico é o que chegou ao ocidente a partir da composição de um judeu desconhecido entre 134 a.C e 63 a.C. O segundo livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro. É, em parte, paralelo a ele, iniciando a narração dos acontecimentos um pouco antes, no fim do reinado de Seleuco IV, predecessor de Antíoco IV Epifânio, traz os relados sobre Judas Macabeu o que torna o segundo livro apenas uma pequena parte que pode ser cruzada com os relatos dos primeiros capítulos do primeiro livro. Os dois volumes em paralelos não necessariamente produzidos precisam ter sido compostos pelos mesmos autores hebreus e nem no mesmo período, assim como acontece com outros textos apócrifos, como o Evangelho de Nicodemos (ou de Pilatos como citam alguns) Trata-se do registro das lutas e provas de fidelidade a Deus para a conquista de liberdade do povo judeu. Macabeus advém do sobrenome de Judas Macabeu, o primeiro de uma série de irmãos que seguiram com o trabalho iniciado.