O Desespero Humano
O Desespero Humano é um livro escrito pelo filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard, publicado em 1849. O livro aborda a questão do desespero humano, que para Kierkegaard é uma condição inerente à existência humana.
Kierkegaard argumenta que o desespero é uma consequência da liberdade humana, pois o indivíduo é livre para escolher o seu próprio caminho na vida, mas essa liberdade também traz consigo a responsabilidade pelas consequências de suas escolhas. O desespero surge quando o indivíduo se sente incapaz de lidar com essa responsabilidade e com as incertezas da vida.
O autor divide o desespero em três categorias: desespero de não querer ser si mesmo, desespero de querer ser si mesmo e desespero de não querer se entregar a Deus. O primeiro tipo de desespero ocorre quando o indivíduo tenta se afastar de si mesmo, negando sua própria identidade e tentando ser outra pessoa. O segundo tipo ocorre quando o indivíduo se concentra demais em si mesmo, tornando-se egocêntrico e isolado dos outros. O terceiro tipo ocorre quando o indivíduo se recusa a se entregar a Deus e a aceitar a sua vontade.
Kierkegaard argumenta que o desespero pode ser superado através da fé em Deus e da aceitação da vontade divina. Ele defende que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando o indivíduo se entrega a Deus e aceita a sua vontade, pois isso permite que ele se liberte da ansiedade e do medo que surgem da responsabilidade pelas suas escolhas.
O Desespero Humano é uma obra importante na filosofia existencialista, pois aborda a questão da liberdade e da responsabilidade individual, temas centrais nessa corrente filosófica. Kierkegaard influenciou muitos filósofos e escritores posteriores, como Jean-Paul Sartre e Albert Camus.