Por que ler os contemporâneos
É um livro delicioso de ler, pontuado de reflexões e pensamentos interessantes sobre
como as grandes óperas ainda podem trazer ensinamentos ao mercado corporativo,
mesmo mais de dois séculos depois de terem sido lançadas. Em uma leitura divertida
em que o autor dialoga constantemente com o leitor, além do resumo das óperas
citadas em cada capítulo, podemos ver e entender um pouco mais sobre o universo
das empresas atuais, com base na interpretação de grandes pensadores do
desenvolvimento corporativo, como: Chris Anderson de "A Calda Longa", Manuel
Castells de "A galáxia da internet", Thomas. Friedman de "O mundo é plano", Daniel
Goleman de "Inteligência Emocional", Philip Kotler de "Marketing 5.0", Daniel
Kahneman de "Rápido e devagar", C. K Prahalad de "A nova era da inovação".
Associadas às ideias desses grandes pensadores corporativos, o autor introduz o
pensamento de filósofos e especialistas contemporâneos como: Humberto Eco, Michel
Foucault, Carl Jung, Friedrich Nietzsche, Joseph Campbell, entre outros, que trazem à
leitura desse agradável livro, um tempero especial, relacionando consagradas óperas
ao dia a dia das empresas. Assim, podemos ver em "O barbeiro de Sevilha" de
Rossini, o contexto corporativo de "comunicação de valor e agilidade nos processos",
em as "As bodas de fígaro" de Mozart, podemos entender "como o consumidor vem
tomando as rédeas do consumo", em "Madame Butterfly" de Puccini, podemos
"explorar a Cultura empresarial e a oferta de soluções tecnológicas" e assim vai por
doze temas. Sempre com uma ópera associada, o autor nos leva a pensar em
questões como: as novas gerações que estão hoje no mercado de trabalho;
vendedores que mesmo em tempo de internet e disponibilidade de informações ainda
tentam iludir o consumidor; a força das redes sociais na opinião pública; a importância
das empresas se manterem inovadoras, e a necessidade de manter os
relacionamentos pessoais ativos, para se ter sucesso na carreira.