Capa do livro O Livro dos Porquês de Luis Fernando Verissimo

O Livro dos Porquês

Luis Fernando Verissimo

Esta antologia reúne cinco décadas da produção de Luis Fernando Verissimo como cronista, incluindo textos inéditos em livro, outros que estão há muitos anos fora de circulação e também aqueles que se tornaram clássicos. Em comum entre eles, a inteligência e o humor de Verissimo, e sua reconhecida capacidade de traduzir em poucas linhas a complexa natureza humana. Lemos as crônicas de Luis Fernando Verissimo desde os anos 1970, mais precisamente desde 19 de abril de 1969, quando ele estreou na coluna Informe Especial no Zero Hora. Desde então, não parou mais: escreveu para inúmeros jornais e revistas, como Veja, O Globo e O Estado de S. Paulo, e suas crônicas formaram — e continuam formando — gerações de brasileiros. Da estreia em plena ditadura militar, passou pela redemocratização, viveu a revolução digital e as polarizações ideológicas e culturais que dominam o cenário sociopolítico nos últimos anos — e sempre produzindo textos oportunos e relevantes pela precisão do olhar, capacidade de síntese e pioneirismo das ideias. Às crônicas reunidas neste volume foram acrescidos alguns contos, justamente porque na obra de Verissimo essa é uma fronteira por vezes difícil de demarcar. A divisão dos textos é cronológica, década a década, mas a leitura pode ser randômica, ao gosto do freguês. E quem optar por seguir as datas esperando encontrar um ainda "embrionário" cronista se surpreenderá. Luis Fernando Verissimo estreou "pronto", e ao longo desses anos o exercício praticamente diário da escrita só consolidou e aprimorou seu talento. Celebrar esse formidável escritor, essa é a intenção de Verissimo antológico. "Verissimo escreve como quem respira, mas esta respiração é sobretudo inspiração. De sua inteligência e cultura brotam sem cessar ideias originais, que alargam o horizonte cultural dos leitores. E, principalmente, fazem a nossa vida melhor. O Brasil de Luis Fernando Verissimo é o Brasil autêntico, o Brasil criador, o Brasil no qual podemos ter esperança." — Moacyr Scliar