O Livro dos Jogos de Palavras
"Sou um humanista. Isso não significa ser bonzinho ou acreditar que o homem é bonzão. Significa apenas que aceito o homem como é — medroso, primário, invejoso, incapaz, acertando por acaso e errando por vaidade: meu irmão."
Veja, 28 de novembro de 1979"Que a História se repete todo mundo sabe. Mas, pô, podia se repetir um pouco menos!"
Veja, 2 de março de 1977Se um Guia pressupõe um certo didatismo, aqui a palavra de ordem é a irreverência. Grande pensador da sociedade de seu tempo, por praticamente 7 décadas, e por que não de épocas futuras, Millôr Fernandes se dedicou a escrever e a desenhar o homem e o mundo que nos cerca, em vários veículos nacionais de comunicação. Com textos, desenhos, frases inesquecíveis, Millôr descreveu nossa realidade nua e crua. Aqui, temos, então, uma seleção inédita, um grande panorama da produção de Millôr, que passa pelos principais temas da história do Brasil.Segundo Millôr, "A história não é uma tragédia, nem se repete como farsa. Pois, individual ou coletivamente, é apenas, e sempre foi, uma velhacaria". Afinal, a história é um conjunto de coisas velhas ou uma patifaria? As duas coisas. No jogo ambíguo feito com a palavra "velhacaria", Millôr Fernandes resume o Guia Millôr da história do Brasil, que reúne, frente a uma produção impressionante, uma pequena parte de sua obra, entre charges, frases, pensamentos e textos que revelam uma versão peculiar sobre o passado e o presente do Brasil.Este Guia, dividido em cinco partes — Profunda base histórica, Notas de um brazilianist, Rolim, o pensa dor, Fomos bigodeados e Acorda, Brasil! — e que compreende 45 anos dos mais de 70 de contribuição artística ao jornalismo brasileiro, não pretende ser um livro de história. Mas, sim, simplesmente Millôr! Na primeira parte, traz noções gerais sobre a formação política e social do Brasil. Nas três seguintes, temos a visão do autor sobre a história do país, indo de Pedro Álvares Cabral ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.