O Livro dos Jogos de Cartas
22º livro de Poesia publicado pelo autor no Clube de Autores, juntando-se a: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. “SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR À disposição no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa ou digital. Este livro, a exemplo dos anteriores – à exceção de “SIMÉTRICAS”, que tem 200 poemas –, contém 50 poemas, sendo a maioria deles profundamente líricos e românticos de cortar o coração, de fazer sonhar, ou de pura nostalgia, marcas registradas do autor. Algumas amostras: “Pois finalmente um dia você descobre: / Solidão é quando você se olha no espelho / E não vê ninguém...” “Você continua em mim, / Impregnada, / Com sua sombra / A me circundar… / Quando a tarde chega ao fim, / Na noite enluarada / O seu fantasma me assombra / Sob a luz do luar...” “Humilde, elevo a Deus mil preces, / Nessa triste vida cheia de lástimas, / Pedindo em vão que um dia regresses, / Até secarem as últimas lágrimas...” “E em meu olhar a labareda / Despertada quando você aparece, / Cercada de orvalho e seda, / Aos poucos se desvanece, / E lentamente se perde no ar, / E perece na noite que nem a vê, / Pois seu triste destino era sonhar / (Em vão) com você...” “De repente, alguém começou a subir a escada, / E apressados nos separamos como foi possível, / Tentando esconder nossa aventura arriscada, / Como se nosso desejo se tornasse invisível!” “Seu sorriso é desafiador, indomável, / Você é o repositório onde meu olhar se escondeu, / Você será sempre a pergunta indecifrável / Que o Universo nunca me respondeu...” “Como esquecer daqueles beijos cálidos, / Daquelas carícias tão empolgadas, / Do suor a escorrer por teus seios pálidos, / Daquelas tuas mãos tão assanhadas?” “Os espelhos que adornam as paredes roxas / Já não sabem mais o que revelarem, / Se o meu último lastro entre tuas coxas, / Ou teus quadris que insistem em me abrigarem...” “Quero explorar as tuas cavernas, / Onde navega há tempos o meu desejo, / E assim matar as minhas sedes eternas, / Nessa aventura que há anos planejo!” “Não vá embora ainda, / Espere esta noite terminar, / Beije-me com sua boca tão linda, / Deixe-me acabar de sonhar...” “Acabei por me emaranhar / Em tuas envolventes redes, / Querendo para sempre contigo navegar, / Mas entre quatro paredes, / Onde foi parar a luz que habitava teu olhar?” “Hoje, estão na moda as relações líquidas, / Voláteis, etéreas, inconstantes, / Nascidas para serem insípidas / E não durarem mais que instantes!” “Essa seiva branca que escorre / Pelos cantos de tua boca carmim / Será a lembrança que jamais morre / Cada vez que te lembrares de mim” “E vejo como teu olhar se ilumina, / Quando te conto desse sentimento, / E pela primeira vez beijo tua boca divina, / Curtindo como nunca cada momento...” “Mas teu olhar frio, como uma bala de prata, / Congelou a minha cascata, / E o teu adeus, como uma bala perdida, / Destruiu minha vida...” “E vamos levando essa vida triste / Com essa nuvem de demência no olhar / Pois um dia até a paixão enfim desiste / E nos abandona sob a solidão do luar” “Meu mundo sem você é um assombro, / Cheio de escuridão e espectros sombrios, / Mas quando deita sua cabeça em meu ombro, / Correm para o seu oceano os meus rios...” “Só para você faço cara de espanto, / Quando aparece espantosamente bela, / Adoro quando escuta o meu triste canto, / Numa serenata sob a sua janela...” “De repente, sinto na face um beijo gelado, / E aquele fantasma súbito desaparece, / Estou sozinho, sem ninguém ao meu lado, / Numa dessas tramas que só a saudade tece...” “E agora, que importa se sempre fui incrédulo, / Se teu amor será o meu último capítulo, / Se teu vulcão derreteu minhas neves eternas, / Se encontrei a perdição entre as tuas pernas?” “Desde que você voltou, / Meus olhos brilham noite e dia, / Livres daquela agonia / De adivinhar onde você se ocultou...” “Jogue-se de cara nos amores ardentes / Até que a chuva os alague / Navegue contra as correntes / Antes que o barco naufrague” “Nessa dupla personalidade, / Uma é bandida e rouba com vontade, / Sem com o castigo se preocupar, / E a outra não sabe de nada!” “Apague-me de uma vez de sua vida, / E desse jogo de cartas marcadas, / Cansei de alargar essa ferida, / Da degradação desse conto de fadas...” “A moça, com lindos seios de silicone, / Passou-me o número de seu telefone, / Mas nunca liguei… / A segunda, com os traços esticados com botox, / Sugeriu-me inaugurar sua nova cama box, / Mas não aceitei...” “Que filme mesmo estava passando? / Nem vi o cartaz, de tão embevecido, / E não poderei contar em minhas memórias, / Sobre a noite em que não assisti / A um filme lindo com você...” “Como a rosa, meu amor desapareceu, / E em seu lugar há uma lápide, / Em instantes, subitamente morreu, / Como se picado por uma áspide...” “Depois, deixamos a noite ruborizada, / E a lua tímida sair detrás do nevoeiro, / Que, denso, cobria essa noite estrelada, / Enquanto você me devora por inteiro!” “Fique comigo esta noite, ou por toda a vida, / Dê-me a chance de demonstrar meu amor, / Acabemos de uma vez com essa ferida, / Fiquemos juntos enquanto a noite não se for...” “E essa inesperada reminiscência / Traz-me de volta toda a saudade / E abarrota-me de toda a sua ausência, / E daquele amor que nunca morreu de verdade!” “Como nos relacionamentos humanos, / A paixão é uma rosa cálida, / Que faz a vida desabrochar / E depois de muitos planos, / A paixão é uma reprimida crisálida, / E o amor, a borboleta a voar...” “Teu amor é o oásis / Onde me abrigo / Das péssimas fases / Desse mundo inimigo” “E nesse teu voar enfeitiçado, / A Poesia em mim se completa, / Nesse enlevo encantado / Entre um anjo e um poeta...” “Como podes ser tão peçonhenta, / E tua boca tão maldita? / Nessa tua língua virulenta / A maldade palpita...” “O tempo nunca leu Nicholas Sparks / E só deu uma lida em Garcia Márquez / E quando vê um infeliz coração / Logo o condena a 100 anos de solidão” “Invadi o teu castelo de cartas, / Antes que elas desabassem, / Derrubando tuas defesas fartas / Antes que teus olhos me congelassem!” “Tudo o que ouço / Nesse infeliz calabouço / São tuas reclamações / Vertidas em borbotões” “Preciso te contar uma história, / Antes que seja tarde demais, / Enquanto vives em minha memória, / Que não te esquece jamais!” “O amor está por aí, / Nos cinemas, nos bares, / À frente e atrás de ti, / Em todos os lugares...” “No livro de minha história, / Em cada capítulo estão seus abraços, / E nos arquivos de minha memória, / Seu amor permeia os espaços...” “E então, teremos dado início ao próximo passo, / No qual teremos vencido a etapa da sedução, / Quando nosso foguete decolar para o espaço, / Onde as estrelas serão testemunhas de nossa paixão...” “Há muitos enigmas mais sérios, / Que constam em vários portfólios, / Mas todas as águas escondem mistérios, / Principalmente as que escorrem dos olhos...” “Queria poder te levar a Paris, / Para visitarmos a Torre Eiffel, / E te dar um lindo colar de rubis / Por seres a musa deste menestrel...” “Se o mundo for acabar amanhã, / Vou acordar bem cedo, / E esperar você sair de manhã, / Para enchê-la de medo!” “E hoje não sei mais o que faço / Perdido no estranho compasso / Dessa música sem som das esferas / Que alimenta minhas quimeras / Esperando em vão você voltar / Antes que eu desista de te esperar...” “Em seu olhar eu me perco, / Desvairado, / Eu e você nesse cerco / Apaixonado...” “Deixe-me mergulhar em suas entranhas / Até nos saciarmos por completo / Deixe-me saciar as suas sanhas / E descobrir o seu desejo secreto” “E quando te vejo estendida em minha cama, / Sorrindo-me com teus dentes brilhantes, / Com teu esplendor acendes esta flama, / Onde crepitam as estrelas mais distantes...” “O brontossauro ouviu a sirene, / Ecoando através das eras, / Que lhe despertou a memória perene / Vinda do tempo das grandes feras!” “You’ve gone and let me this fear / Of being alone all the life / But you’re still here / And the loneliness cuts like a knife”