Capa do livro O Livro das Praias do Mundo de Vários autores

O Livro das Praias do Mundo

Vários autores

96º livro do autor das séries OLYMPUS e EROTIQUE , todos eles (exceto Poeticamente teu , da Coleção Goiânia Prosa e Verso 2019)) publicados no Clube de Autores e na Amazon, em versão impressa e digital: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS 2. PÁSSARO APEDREJADO 3. CABRÁLIA 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI 5. SOB O OLHAR DE NETUNO 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE 9. EROTIQUE 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE 12. EROTIQUE 2 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA 15. SIMÉTRICAS – 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA) 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ 20. STRADIVARIUS 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS 23. EROTIQUE 3 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA 28. EROTIQUE 4 29. A NOITE QUE NÃO TERMINOU NUNCA MAIS 30. AS HORAS QUE FALTAM PARA TE VER 31. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (1ª PARTE) 32. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (2ª PARTE) 33. NO AR RAREFEITO DAS MONTANHAS 34. VOCÊ SE FOI, MAS ESTÁ AQUI 35. O AMOR QUE SE FOI E NÃO VOLTOU 36. OS VÉUS DA NOITE 37. OLYMPUS: LIVRO II - ARES, ARTHEMIS, ATHENA, CHRONOS, HADES, MORPHEUS E POSEIDON 38. MADRUGADAS DE SEDUÇÃO 39. O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA 40. QUANDO SUA AUSÊNCIA ERA TUDO QUE HAVIA (contos e crônicas) 41. ESSA SAUDADE QUE NÃO QUER IR EMBORA 42. OLYMPUS: LIVRO 1 – EROS (3ª PARTE) 43. UM ÚLTIMO BEIJO EM PARIS 44. OLYMPUS: LIVRO III – APHRODITE, APOLLO, EREBUS, GAIA, HERA E ZEUS 45. DE QUAL SONHO MEU VOCÊ FUGIU? 46. O LABIRINTO NO FIM DO POEMA 47. CADÊ O AMOR QUE ESTAVA AQUI? 48. OS RIOS QUE FOGEM DO MAR 49. ÚLTIMOS VERSOS PARA UM PERDIDO AMOR 50. OLYMPUS: LIVRO IV – PANTHEON 51. AH, POESIA, O QUE FIZESTE? 52. UM VERSO SUICIDA 53. ELA SE FOI, E NEM DEIXOU MENSAGEM 54. A NAVE QUE TE LEVOU PARA LONGE 55. EROTIQUE 5 56. O LADO NEGRO DA POESIA 57. UM OLHAR VINDO DO INFINITO 58. APENAS UM CONTADOR DE HISTÓRIAS 59. RÉQUIEM PARA UM AMOR NAUFRAGADO 60. OLYMPUS: LIVRO V – THESSALIA 61. POETICAMENTE TEU 62. AQUELA NOITE DO ADEUS 63. PASSOS QUE SE AFASTAM NA NOITE 64. FRAGMENTOS DE UM SONHO QUE PASSOU 65. OLYMPUS: LIVRO VI – PARTHENON 66. PASSAGEM PARA A SAUDADE 67. A PORTA DA SOLIDÃO 68. NUNCA MAIS TEUS BEIJOS 69. EROTIQUE 6 70. CIRANDA POÉTICA 71. AS HISTÓRIAS QUE NÃO TE CONTEI 72. A ÚLTIMA VEZ EM QUE TE AMEI 73. ESSA AUSÊNCIA QUE ME DEVORA 74. A NOITE IMENSA SEM ELA 75. OLYMPUS: LIVRO VII – ACROPOLIS 76. PORÕES E NAUFRÁGIOS 77. UM TROVADOR NO SÉCULO XXI 78. RESQUÍCIOS DE UM SORRISO TEU 79. CRONOS ENLOUQUECEU! 80. OLYMPUS: LIVRO VIII – MUSAS E MEDUSAS 81. SOMBRAS QUE RESTARAM DE NÓS 82. EROTIQUE 7 83. A CAIXA DE TINTAS DE DEUS 84. PONTES PARA LUGAR NENHUM 85. VELAS SOLTAS AOS VENTOS SOLARES 86. HISTÓRIAS QUE A NOITE NOS TRAZ 87. VESTÍGIOS DE UM FOGO QUE SE APAGOU 88. ARTÍFICE DE VERSOS 89. O TEMPO, ESSE CARRASCO 90. OLYMPUS: LIVRO IX – ESPARTA 91. ESSA SOMBRA EM TEU OLHAR 92. OS OLHOS MÁGICOS DA POESIA 93. VERSOS QUE JAMAIS ESQUECI 94. LÁGRIMAS PROSCRITAS 95. EROTIQUE 8 Alguns trechos: “Foram tão poucos dias, tão poucos abraços, / E daqui a apenas alguns instantes, / Tua lembrança me acompanhará até o final, / Levarás contigo minha Poesia, / Mas no que escrevi, estarão para sempre teus traços, / Como no relato desses momentos lancinantes, / Antes de tua ausência tornar-se um pesadelo real...” “Se, em alguma dessas vezes, nunca voltares, / Minha existência perderá o sabor, / E a Poesia que me habita ficará exaurida, / Dispersando-se em vão pelos luares, / Pelos painéis onde pintei meu amor, / Pois é para ti que descrevo a Poesia da vida...” “Vem provar os meus beijos vorazes, / E a devassidão que me vem às vezes, / Uses a volúpia que vem sem que me avises, / E enquanto me cavalgas nessas horas velozes, / Vivamos na voracidade com que me seduzes.” “Possua-me e deixe que eu faça o mesmo, / Sem amarras nem censuras neste lugar, / Onde o destino nos juntou, numa noite a esmo, / Inesquecível, que jamais deveria acabar...” “Na última chamada para o teu voo, / Voltaste correndo da sala de embarque / E te atiraste em meus braços, / Pedindo-me que te deixasse ficar, / Mas eu te disse que era o teu destino, / E não te queria ver infeliz ao meu lado, / Por mais que me tornasse infeliz tua partida, / E, aos prantos, deste-me um último beijo, / E retornaste à sala de embarque, / Olhaste da entrada outra vez para mim, / Sacudida pelo pranto e pela dúvida, / Jogaste-me um beijo, e entraste de novo, / E logo o teu voo partiu...” “O mundo é mesmo assim, minha amiga, / Pagamos um dia o preço por nossos erros, / E pela sucessão deles, Deus nos castiga, / Em vez de aniversários, vamos a enterros.” “Por favor, peço que considere / Que, sem você, sou um peso morto, / Vagando por aí, em desatino, / Uma alma penada, pois só sobrevivo, / Sem razão nem por que, / Pois sua lembrança ainda me fere, / Sou um navio ancorado num porto, / Sem tripulação nem destino, / Pois sem seu amor eu não vivo, / Sou um fantasma de mim, sem você...” “Como não perceber que Deus, além de um esteta, / Capaz de inventar miríades de formas e vidas, / Trata-se afinal de um Supremo Poeta, / Com obras inexplicáveis, por Ele concebidas, / Espalhando pelas galáxias a Sua criatividade e Poesia, / Imensurável, ao criar mundos tão diversos, / Perfeitos, compartilhando uma indescritível magia, / Nessa incrível sinfonia de infinitos universos?” “E agora, o que faço da vida, / Se ela era a fonte de minha Poesia? / Por que essa lágrima sofrida, / Enquanto o meu mundo ruía?” “Nossas opiniões não coincidem, / E continuamos nos amando, / Mas nossas mentes colidem, / E estamos sempre discordando / Sobre tantos assuntos, / Por motivos jamais explicados, / Sempre juntos, / Eternamente separados...” “Eu te virava do avesso / E com fervor aceitavas / O que parecia o fim era só o começo / Das brincadeiras que comigo inventavas” “Ficará insone em algumas noites, até um novo dia nascer, / E tentará estancar cada lágrima fugidia? / Será que você conseguirá afinal me esquecer, / Depois de tantos anos de amor e Poesia?” “A mão que afaga é a mesma que apedreja, / E aquela que tem melhor pontaria / E, portanto, provoca as maiores feridas, / Que não cicatrizam por anos, / Ou pelo resto da vida...” “Quando termino de declamar uma última ode, / E logo depois, meu coração explode, / Então, tarde demais, você reage e me acode, / Arrependida, desesperada, / Por essa vida assim desperdiçada, / Logo depois de nossa última madrugada...” “Políticos vivem no reino do faz de conta: / Posam de honestos, / Mas, com raras exceções, / São um bando de vigaristas, / Capazes de passarem a perna / Em qualquer um!” “Meu rio deságua em teu oceano, / Num estuário repleto de sensações, / Minhas águas eriçadas e geladas / De encontro à tua praia úmida e tórrida...” “A Poesia sobrevive, / Por mais que tentem sepultá-la, / E nos corações dos poetas vive, / E, ao sopro de um olhar, a Poesia fala, / Libertando poemas românticos, / Pois quem mandou libertá-la?” “Então, por algum tempo eu te contemplo / Com esse carinho que mereces, / Nessa cama que virou nosso templo, / Pensando no quanto me enterneces...” “E você fica aí, tentando consolar os perdidos, / Pessoas que se arruinaram, atrás de dinheiro fácil, / Mas com qual base, se suas músicas são meros ruídos, / Se em seu livro da vida, sequer escreveram o prefácio?” “Você de mim se esvaiu, / Até que um dia sumiu, / Mesmo ecoando aos poucos / Os sons de seus gritos loucos, / Renegando-me como pária, / Delegando-me uma posição ordinária / Nessa sua vida proscrita,” “Tomo uns goles de margarita, / Para ver se apaga essa saudade infinita, / Que ficou quando você foi embora, / Tomo uns goles de rum, / E isto me lembra que até agora estou em jejum, / Mas o que fazer com essa lágrima fora de hora?” “Estava ao léu, / Cultivando tristezas de toda sorte, / Naquele dia assustador, / Quando te vi pela primeira vez, / Então, desceu do céu / Uma voz forte, / Dizendo: ‘Faça-se o amor’, / E o amor se fez...” “E, daquele estranho dia em diante, / Entrei no modo de sobrevivência, / Os controles travados em seguir adiante, / Sem nenhuma lágrima para suprir sua ausência.” “O jeito é trabalhar fada vez mais, / Para sobreviver à torcida do Leão, / E à terrível piranha arrecadadora dos fiscais, / Que xingo todas as noites quando deito no coxão!” “És a inspiração para a minha Poesia, / São para ti os versos que narro, / É teu o bosque que abriga a Fantasia, / No qual em meus sonhos esbarro...” “Sombras na parede piscam para mim, / Como se fossem de carne e osso, / Tridimensionais, como podem ser assim? / Será que minha imaginação chegou ao fundo do poço, / Por ficar vendo sombras que parecem vivas?” “Queria não te amar, mas amo, / Desisti de tentar te esquecer, / Pois descobri que estás impregnada / Nas memórias que nem tenho...” “Pois as palavras fortes que meus poemas soletram / Quaisquer dores de mim isolam / Formando em meu cérebro uma muralha / Invisível / Contra tudo aquilo que me devastaria” “Seu olhar é um poderoso afrodisíaco, / Que tem o dom de me fazer sonhar / Em levá-la a um lugar paradisíaco, / Uma praia deserta num distante mar.” “Depois de algum tempo / Você se acostuma / E nem procura mais / De onde veio o tiro pelas costas / Que acendeu essa desconfiança / E abalou o seu mundo seguro” “A última vez em que te esqueci / Não durou nem uma semana, / Um tempo astronomicamente longo / Para descobrir que sem ti não vivo, / Não passo de uma casca vazia, / Da qual roubaram um coração!” “Senhor, conduz-me por novos caminhos, / Arranca de meu corpo os espinhos / Nele cruelmente cravados / Pelos meus tantos pecados...” “Eu era feliz e não sabia! / Por que ninguém me contou / Que era você a fonte da felicidade / E onde morava toda a minha Poesia? / E agora, que você se foi e nunca voltou, / O que faço com essa maldita saudade?” “Esse pássaro pousado em minha mão, / Entoando a sua suave canção, / Equilibrando-se sobre o meu dedo, / Mostra que de mim não tem medo, / Pois certamente sabe que poetas são inofensivos,” “Tudo ficará bem, / Menos aquilo que não possa, / Por causa desse maldito vírus! / Nos próximos instantes, / Não morrerá mais ninguém, / Sufocado em alguma poça, / Ou abatido a tiros / Por antigos amantes, / Ou por causa de uma nota de cem!” “Esse teu olhar viciante / Hipnoticamente me seduz / Para cair em teus braços num instante / Mas na verdade estás a milhares de anos-luz” “Bem que queria jogar-me nessas procelas, / Tempestades sem fim que me convidam, / A desvendar desejos que não me revelas, / Mas meus sonhos em ti se suicidam.” “E, quando a manhã nos despertar, / Quero banhar-me em teu olhar, / Carregado de novas promessas, / E, em teus olhos expressas, / Fagulhas que antes lá não havia, / Quando te revelar que és a fonte de minha Poesia...” “Por que de repente tudo ficou estranho, / Entre nós uma muralha se ergueu, / E nossa volúpia encolheu de tamanho, / Até que finalmente o amor se perdeu?” “Um dia antes de nunca, / Você volta mais uma vez, / Chamando minha casa de espelunca, / Como, aliás, sempre o fez.” “Tenho tantas coisas para festejar, / Mas não festejo, / Tantos motivos para te desejar, / Mas não desejo.” “E tudo morre algum dia, / Inclusive o amor, / Que tem prazo de validade, / Pois logo se encerra a magia, / E depois, aos poucos perde o valor, / Até se converter em saudade.” “Você me procurará por toda parte, / E só cairá em si, ao ver a garagem vazia, / Nunca mais lhe escreverei uma obra de arte, / Como você costumava chamar minha Poesia. / Não encontrará nenhum bilhete de despedida, / Pois já havia me despedido tantas vezes, / Já passara da hora de sair de sua vida, / Como andava ensaiando há muitos meses.” “Esse tempo implacável / Salvou em um arquivo deletado, / Em algum nicho secreto / No fundo de minha memória, / As lembranças que havia de nós.” “Na primeira vez em que te vi, / Ouvi ao longe anjos tocarem trombetas, / Saudando a tua passagem, / E juro que até uma orquestra ouvi, / Vi no céu passarem vários cometas, / Eclipsados pela tua imagem!” “Nosso amor foi tão efêmero / Quanto o voo de uma borboleta, / Que de repente no chão se acabou, / Antes que ela sequer aprendesse a sonhar...” “E, mesmo que isto vá me estraçalhando, / Cada dia mais, vou te esquecendo, / Já mal me lembro de teu rosto lindo, / Ou das formas de teu busto redondo, / Eu te apago de mim, enquanto gira o mundo...” “Em cada país, inventam alguma desculpa idiota / Para esse ódio mortal sobre alguma etnia, / Mas a verdade é que essa ojeriza apenas brota / Em almas pagãs nas quais o demônio fez moradia...” “O amor está pelos ares, / Em todos os lugares, / Para onde quer que você olhe, / Sempre haverá alguém que lhe escolhe / Para lançar olhares pecaminosos, / Sugerindo paixões violentas,” “Please don’t call me again, / It’s the end of this game, / You’re no more in my brain, / Our love will never be the same.” Não sei mais como expulsar / Esse desespero, esses desenganos. / São poucos metros a nos separar, / Mas são tantos oceanos… Meu semblante não deixa transparecer, / Pois tranquei meus sentimentos numa caixa, / Mas a chave dela continua em tuas mãos! / E enquanto sigo rindo, pela vida afora, / Meu coração por dentro sangra e se dilacera, / Pois já não te quero mais, é certo, / Mas ainda e sempre, te amo… Acordei nesse momento desse devaneio exótico, / Voltando à realidade do meu mundo trágico, / Por tua presença outra vez mais ávido, / À espera do próximo sonho mágico... E, já no fim do ano, ao chegar a hora / Das alegres festas natalinas do mês de Dezembro, / Quando me lembrar do dia em que foste embora, / Serei triste como alguém que perdeu um membro… Com esse olhar tão Saramago, / Para o meu Cortázar, / Não importa o quanto eu Luft, / Rogarás sobre meus versos uma Braga, / Mesmo se ainda for Quintana-feira! / Acho que vou no bar tomar um Bilac, / Austen que seja tarde demais, / Para Verlaine se te esqueço, / E, como diria Peter Pan: Para o alto e Cervantes ! Pois mesmo quando ainda é verão, O frio asfixiante insiste em ficar / Lembrando-me daquela extinta paixão, / Da qual jamais me esqueço... / Por isto, tristeza, sente-se em qualquer canto, / Para mim é o fim, para você pode ser só o começo / De uma história que perdeu todo o encanto! Mas você nem percebe, / E imagina que aquele óbvio convite / Era a você direcionado, / E não a quem estava atrás de você, / Imperceptível aos seus olhos surdos, / À sua boca cega, / E aos seus ouvidos mudos... E lhe pergunto, brincando, / Se não quer me ressuscitar, / Pois só você poderia curar-me / Da doença terrível de ser um morto-vivo, / Eternamente nas garras do arrependimento... / E então você, num misto de riso e de choro, / Responde que aprendeu a arte da ressurreição, / E que o seu primeiro caso de sucesso / Foi ter ressuscitado a si mesma, / No instante em que atendi o seu telefonema! Como matar esta saudade, / Que me envolve por todos os lados, / Que me sufoca com intensidade, / De nossos corpos cansados, / Depois de deixares em meu rosto, / No final de uma noite atrevida, / De tua doce seiva o gosto / Que lembrarei pelo resto da vida? Ao ver o tamanho do estrago / Naquele ferro-velho sem solução, / Uma lágrima sorrateira brotou / No altar de minhas desilusões, / Mas ninguém a notou, / Exceto a noite! Mas agora, tudo o que quero é um vento brando, / Que me leve até a praia mais memorável, / Para nela adormecer até o romper da aurora, / E que a paz tão almejada me permita sonhar, / Em vez daqueles pesadelos que venho tendo, / E depois, de novo deixar as velas soltas aos ventos solares, / Não importa mais para onde o oceano me levar, / Talvez um dia eu volte, mas por enquanto apenas pretendo / Enterrar a saudade no mais profundo abismo dos mares... Amanhã, construirei um tosco avião, / E o lançarei do alto de uma montanha, / Para pelos ventos, leve, ser levado, / Carregando os versos de paixão, / Que de uma maneira estranha, / Descreviam esse amor desvairado… Enquanto a multidão, atordoada, / Perguntava-se em vão o que aquilo significava, / As rampas se ergueram, / Os seres celestes e os escolhidos entraram nas naves, / E as portas se fecharam. / Pouco depois, as naves partiram, / Deixando para trás um mundo sem juízo e sem perdão. / Foi pouco depois que explodiu a primeira Bomba... E nem preciso fazer nada disto, / Para saber que um dia te encontrarei, / E nos reconheceremos instantaneamente, / Tu me olharás e dirás: Eu te conheço! , / E eu responderei, sem pestanejar, / Olhando fixamente em teu rosto, / Com a voz embargada de tanta espera: / E eu te amo! ... Toquei a campainha de sua casa, / E, quando atendeu, eu a abracei fortemente, / E a cobri de beijos apaixonados, / E fui plenamente correspondido, / Pois às vezes isto acontece: / Gostamos tanto de alguém, / Que a amizade se converte em paixão, E, por medo de perdê-la, / Nada dizemos, / Correndo o risco de ficarmos / Sem nenhuma das duas coisas... E para defender nossa terra, / Morremos juntos na 1ª Grande Guerra, / Vimos Hitler virar um ídolo na Alemanha, / E os nazistas nos mataram na Grã-Bretanha! / Vivemos tantas vidas com nosso amor imortal, / Que sempre esteve acima de todo o mal, / E agora, quando me declaro te enfureces, / E vens dizer que nem me conheces? Depois de algum tempo, quando a dor se acalmar, / Quando não estiver tão exposta essa dor que se vê, / Mesmo assim, não sei se conseguirei me lembrar / Que algum dia preciso me esquecer de você… E agora, que finalmente a vejo aqui, à minha frente, / E relâmpagos cortam seu olhar como nunca antes, / Toda ruborizada, sem mesmo entender o porquê, / E tremendo de frio, mesmo estando tão quente, / Fixe em meu rosto os seus olhos brilhantes, / E, por favor, apenas me responda: era você? Eu via Deus em todos os lugares, / Mesmo nas horas mais sombrias, / Eu O encontrava em todos os luares, / A aquecer minhas noites mais frias. / Eu O percebia no canto dos canários, / Na melodia pungente do jazz, / Ele estava em todos os cenários, / Sentia-me às vezes como Moisés. Um dia, farão em meu cadáver uma autópsia, / Para saberem de minha morte o motivo, / Nunca descoberto em nenhuma biópsia / Nesse tempo em que ainda estou vivo! / Em minhas veias, correm rios de Poesia, / Versos líquidos percorrem meu sangue, / Meu coração bombeia pura Fantasia, / Que dispara e volta como um bumerangue! My kidneys filter and spray ideas and pics, / That my brain converts into poems, / Screens of love, longing or epics, / With fierce battles between phonemes! / But it will be too late, at the autopsy, / To find out how this can happen thereby, / This insane activity in this burning body / For your love, until the moment I die...