Como Ler o Jornal
Que mais poderia dizer, poeta, que ainda não saibas? Termino de ler teu livro, Alquimia das Águas. Termino? Um livro não termina nunca. Volto então ao primeiro poema. Retorno para beber na fonte, completar um ciclo e não esquecer: “escrever com água é se adaptar a todos os recipientes e refletir o que todos sentem”. Parabéns Hideraldo, poeta! Sei de tua Palavra-Estrela. É luz que não apaga. Maria Pereira de Albuquerque Poeta pernambucana Recife, de 23.08 a 01.09.2008 ............................................................................................................................. Na construção diária do fazer poético há pedaços de sonhos (não)realizados e acatando o convite dos dias, o poeta sente que faz parte do humano apalpar o universo – ora sagrado e profano – ainda que a névoa do cotidiano muitas vezes o impeça de ver as coisas como verdadeiramente são. Demasiadamente humano é poder apalpar o universo, ainda que de longe e sem fronteiras; mas consciente dessa possibilidade, o poeta mostra a tatuagem da solidão contida em seu silêncio: O poema que não escrevi Inscreve-se em mim como cicatriz Graça Graúna Escritora, Professora universitária na área de Literaturas de Língua Portuguesa e Direitos Humanos. Nordeste do Brasil, 29 de abril de 2009 ............................................................................................................................. Caro Hideraldo Peço desculpas, somente hoje tive um certo para ler seu livro. E mesmo assim, a vôo de pássaro. Por isso e por não ser expert em poesia, não vou ser leviano e me meter a crítico. Mas encontrei um poeta. E sua poesia, própria, de uma subjetividade cultivada (como deve ser), roçando questões metafísicas (cheio de perguntas, como deve ser), com grande força imagética. Na minha capenga opinião, o livro vale, apesar de altos e baixos. Há versos maravilhosos (exemplos: “liberdade é uma desconstrução”, “aos domingos tiro feriado de mim”) e aqui acolá um verso óbvio (também só por exemplo: “o céu rompendo limites”) Alguns poemas me tocaram, revelam plenamente o poeta que você é, como, ainda por exemplo: Despedida, Epitáfio, Recife, Gestação e, principalmente, o antológico Identidade. Parabéns e boa sorte, com um abraço cordial Homero Fonseca Jornalista e escritor. Ex-diretor editorial da revista Continente Multicultural, do Recife. Bacharelado em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, foi diretor de redação da Folha de Pernambuco, editor-chefe do Diario de Pernambuco, repórter das sucursais do Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil e do Jornal do Commercio e Diário da Noite, do Recife.