Capa do livro As Guerras Persas de Heródoto

As Guerras Persas

Heródoto

Escrita por Heródoto, História,  constitui-se na primeira tentativa do homem em sistematizar o conhecimento de suas ações ao longo do tempo. Data de cerca de 440 a.C., até aquele momento, nenhuma obra procurara reunir os registros historiográficos da Grécia. O título tinha o significado de pesquisas - mas ganhou em seguida a conotação de registro que até hoje conserva. Os nove livros das Histórias Cada um dos livros é dedicado a uma das Musas, que eram em número de nove e, segundo a Mitologia, eram as responsáveis pelas artes. A obra tem início no Proêmio, que é onde o autor expõe sua intenção: evitar que os feitos das gerações que o precederam sejam relegados ao esquecimento, explicando-os. Livro I (Clio) Ao expor as causas do conflito conhecido por Guerras Médicas, Heródoto aborda as primeiras dissenções e enfrentamentos que se produziram entre gregos e bárbaros, na época mítica (os raptos de Europa, Medeia e Helena de Troia). Entretanto, mantém certa distância em relação a estas tradições e, em seguida, segundo o que ele sabe, indica quem cometeu os primeiros atos de provocação (Creso, rei da Lídia). Expõe, assim, claramente, que a agressão é proporcional à responsabilidade, moral e jurídica. Sua atenção passa, então, para a figura de Creso, o primeiro agressor. A história da Lídia permite que se conheça o grande eixo de sua história, a Pérsia (Império Aquemênida); ao mesmo tempo, firma as bases de sua concepção teleológica dos acontecimentos humanos (relato da entrevista entre Sólon e Creso; I 28-33). O restante do Livro I desvia sua atenção para a Pérsia, com a subida ao trono por Ciro II e as diversas campanhas deste rei (conquista da Jônia, Cária e Lícia). Livro II (Euterpe) É em sua totalidade dedicado ao Egito: antigüidade dos frígios; geografia egípcia, história do país, estudos sobre a geografia e o rio Nilo; faz um estudo comparado da religião egípcia, em relação à grega; animais sagrados (gatos, serpentes), sucessão de reis. Livro III (Tália) Trata das causas que levaram Cambises II a atacar o Egito. A campanha militar. Detalhes sobre o caráter soberbo e ímpio de Cambises. Sua morte e entronização de Dario I. Cambises, segundo Heródoto é etnocêntrico, quando ridiculariza as práticas religiosas egípcias. Livro IV (Melpômene) Segue a expansão persa: Cítia. Digressões acerca dos citas. Campanha contra os citas. Campanha contra a Líbia. É dedicado a uma musa . Livro V (Terpsícore) O avanço persa contra a Grécia. Operações contra a Macedônia e Trácia. Sublevação jônica. Aristágoras de Mileto pede ajuda a Esparta e Atenas, o que serve de mote para que o autor desenvolva a História das duas cidades. Livro VI (Erato) A Guerra Médica. Incursão persa na Macedônia. História contemporânea de Esparta e Atenas. Desembarque persa na Ática. Batalha de Maratona. Assuntos da política interna em Atenas. Alcmeônidas e Milcíades. Livro VII (Polímnia) Precipitação dos acontecimentos. As digressões possuem uma estreita relação estrutural com o núcleo do relato. Traz a morte de Dario, Xerses I ocupa o controle do império persa e decide invadir a Grécia. Descrição da gigantesca expedição, a passagem do Helesponto e o desenrolar das operações bélicas. Preparativos para a resistência grega. Batalha das Termópilas. Livro VIII (Urânia) Batalha do cabo Artemísio. Ocupação e destruição de Atenas. A população e a frota atenienses se refugiam na ilha de Salamina. Batalha de Salamina. Retirada de Xerxes. Livro IX (Calíope) Batalhas de Plátea e Micala. Trágicos amores de Xerxes. Tomada de Sesto pelos atenienses. Opinião de Ciro sobre os riscos do expansionismo.