Capa do livro A sociedade de controle de Gilles Deleuze

A sociedade de controle

Gilles Deleuze

Na sociedade contemporânea profundas transformações políticas, econômicas e sociais afetaram os hábitos e tradições das maneiras de se tratar a morte. O presente livro faz algumas passagens entre os diferentes campos de conhecimento tais como: urbanismo, direito e meio ambiente nas sociedades contemporâneas. Trata da apreensão da transformação das relações que os vivos têm com os mortos, principalmente em relação a; quais os tratamentos que a subjetividade capitalística tem com os mortos? Isto é, como convivem com seus moribundos no isolamento da UTIs ou com cuidados paliativos; qual a disposição final: sepultamento em cemitério convencional, cemitério parque, cremação, criogenia; e quais as infinitas e exóticas possibilidades de transformação dos corpos mortos; e quais as novas maneiras de recordar os mortos? Sem esquecer que "Os negócios da morte" na sociedade contemporânea incluem a intensificação do uso de seus espaços e a construção de memórias espetacularizadas. Evidencia outra maneira de se analisar os processos morrer-disposição final dos corpos por meio da atenção teórica, principalmente dos filósofos Gilles Deleuze e Michael Foucault. Neste livro, a ênfase recai na relação entre os novos espaços e a intensificação dos usos como expressões de controle dos "negócios da morte", que formam as tramas do tecido social e participam das relações de conservação do poder, através da cartografia, não apenas da arquitetura e gestão dos espaços, mas também do ciberespaço, no qual encontram se os cemitérios virtuais e mudanças no culto à memória dos mortos.