Capa do livro A Invenção da Histeria: Charcot e a Iconografia Fotográfica da Salpêtrière de Georges Didi-Huberman

A Invenção da Histeria: Charcot e a Iconografia Fotográfica da Salpêtrière

Georges Didi-Huberman

"A Invenção da Histeria: Charcot e a Iconografia Fotográfica da Salpêtrière", escrito por Georges Didi-Huberman, é uma obra que aborda a relação entre o médico Jean-Martin Charcot e a fotografia no estudo da histeria. O livro analisa a importância da fotografia como ferramenta de pesquisa e documentação na clínica de Charcot, que era diretor do hospital psiquiátrico Salpêtrière, em Paris, no século XIX. Charcot utilizava a fotografia para registrar os sintomas e manifestações físicas das pacientes histéricas, buscando entender melhor essa doença ainda pouco compreendida na época. Didi-Huberman explora a relação entre a fotografia e a medicina, destacando como as imagens fotográficas foram utilizadas por Charcot para construir uma iconografia da histeria. O autor analisa minuciosamente as fotografias, descrevendo os gestos, poses e expressões das pacientes, e questiona a objetividade dessas imagens, levando em consideração o contexto histórico e social em que foram produzidas. Além disso, o livro também aborda a relação de poder entre o médico e as pacientes, destacando a forma como Charcot exercia sua autoridade sobre elas e como a fotografia era usada como uma forma de controle e dominação. Didi-Huberman questiona a ética por trás dessas fotografias, levantando questões sobre a exposição e a violação da intimidade das pacientes. "A Invenção da Histeria" é uma obra que combina a análise histórica, a crítica cultural e a reflexão filosófica, proporcionando uma visão profunda e complexa sobre a relação entre a medicina, a fotografia e o poder. O livro é uma leitura essencial para aqueles interessados na história da medicina, na psicologia e na relação entre imagem e poder.