A ideologia do desenvolvimento
O livro "A ideologia do desenvolvimento", escrito por Celso Furtado, é uma obra fundamental para entendermos a história do desenvolvimento econômico no Brasil e em outros países do terceiro mundo. Furtado foi um dos principais economistas brasileiros do século XX e dedicou sua vida a estudar as questões do desenvolvimento e da desigualdade social.
Em sua obra, Furtado critica a ideologia do desenvolvimento que se tornou dominante após a Segunda Guerra Mundial, que defendia a modernização e industrialização dos países subdesenvolvidos como forma de alcançar o progresso econômico e social. Segundo ele, essa ideologia era baseada em uma visão eurocêntrica e ignorava as especificidades dos países periféricos, que possuíam estruturas sociais e econômicas diferentes das dos países desenvolvidos.
Furtado argumenta que o desenvolvimento econômico não pode ser alcançado apenas por meio da modernização tecnológica e da industrialização, mas também depende de mudanças nas estruturas sociais e políticas dos países subdesenvolvidos. Ele defende a necessidade de políticas públicas que promovam a redistribuição de renda e a inclusão social, além de investimentos em educação e saúde.
O livro de Furtado é uma crítica contundente à ideologia do desenvolvimento que se tornou hegemônica no pós-guerra e ainda exerce grande influência na política econômica dos países periféricos. Sua obra é uma contribuição importante para o debate sobre as estratégias de desenvolvimento econômico e social nos países subdesenvolvidos.