Capa do livro A Crise da Democracia de Carl Schmitt

A Crise da Democracia

Carl Schmitt

"A Crise da Democracia" é um livro escrito por Carl Schmitt, um importante teórico político alemão do século XX. Publicado em 1923, o livro aborda a crise que a democracia estava enfrentando na época, especialmente na Alemanha. Schmitt argumenta que a democracia estava em declínio devido à sua própria natureza. Ele critica a ideia de que a democracia é um sistema político perfeito e inquestionável, e afirma que ela possui falhas intrínsecas que podem levar à sua própria destruição. Uma das principais críticas de Schmitt à democracia é a sua tendência à fragmentação e à divisão política. Ele argumenta que a democracia promove a multiplicidade de partidos e interesses, o que pode levar a uma paralisia política e à incapacidade de tomar decisões efetivas. Além disso, Schmitt afirma que a democracia é vulnerável à manipulação por parte de grupos de interesse e elites políticas, o que compromete sua capacidade de representar verdadeiramente a vontade popular. Outro ponto abordado por Schmitt é a falta de uma autoridade política clara na democracia. Ele argumenta que a democracia é baseada na ideia de que o poder político emana do povo, mas questiona quem representa verdadeiramente o povo e como essa representação é legitimada. Para Schmitt, a ausência de uma autoridade política forte pode levar ao enfraquecimento da democracia e à emergência de regimes autoritários. Apesar de suas críticas, Schmitt não rejeita completamente a democracia. Ele reconhece que, apesar de suas falhas, a democracia ainda é o melhor sistema político disponível. No entanto, ele argumenta que é necessário repensar e reformar a democracia para superar suas crises e garantir sua sobrevivência. Em resumo, "A Crise da Democracia" de Carl Schmitt é um livro que analisa as falhas e vulnerabilidades da democracia, especialmente na Alemanha do início do século XX. Schmitt argumenta que a democracia está em crise devido à sua tendência à fragmentação política e à falta de uma autoridade política clara. No entanto, ele reconhece a importância da democracia e defende a necessidade de reformas para superar suas crises.