A Cidade de Deus
O livro A Cidade de Deus, escrito por Agostinho de Hipona no século V, é uma obra monumental da literatura cristã. Nele, Agostinho busca apresentar uma visão abrangente da história humana, desde a criação do mundo até o fim dos tempos, a partir da perspectiva da relação entre a cidade terrena e a cidade celestial.
A cidade terrena é o mundo material, marcado pela corrupção e pela decadência moral, enquanto a cidade celestial é o reino de Deus, onde a virtude e a justiça prevalecem. Agostinho argumenta que a cidade terrena é governada pelo amor próprio e pela busca do poder, enquanto a cidade celestial é governada pelo amor a Deus e ao próximo.
Ao longo do livro, Agostinho discute diversos temas, como a natureza do mal, a relação entre a graça divina e a livre vontade humana, a existência do inferno e do paraíso, entre outros. Ele também faz uma análise crítica das filosofias pagãs e das religiões não-cristãs, argumentando que somente a fé em Cristo pode levar à salvação.
A Cidade de Deus é uma obra complexa e densa, que influenciou profundamente a teologia e a filosofia cristãs. Ela também é considerada uma das principais obras da literatura ocidental, tendo sido estudada e comentada por diversos pensadores ao longo dos séculos.