Georges Canguilhem
Georges Canguilhem foi um filósofo e epistemólogo francês nascido em 4 de junho de 1904 em Castelnaudary e falecido em 11 de setembro de 1995 em Marly-le-Roi. Ele é conhecido por suas contribuições à filosofia da ciência e da medicina, bem como por seu trabalho sobre a história da medicina.
Canguilhem estudou filosofia na École Normale Supérieure em Paris, onde conheceu o filósofo Jean-Paul Sartre. Ele também estudou medicina e se tornou médico em 1935. Durante a Segunda Guerra Mundial, ele participou da resistência francesa e foi preso pelos nazistas em 1944.
Em 1947, Canguilhem publicou sua obra mais conhecida, "O Normal e o Patológico", que examina a relação entre saúde e doença e argumenta que a doença não pode ser entendida simplesmente como uma variação da saúde. Ele argumenta que a doença é uma forma de vida que tem suas próprias leis e que a medicina deve levar em conta essas leis ao tratar os pacientes.
Canguilhem também escreveu sobre a história da medicina, incluindo um livro sobre a vida e obra do médico francês Paul Broca. Ele foi um defensor da ideia de que a história da medicina é importante para entender a prática médica atual.
A contribuição de Canguilhem para a filosofia da ciência foi sua crítica ao positivismo, que ele argumentava que limitava a compreensão da ciência ao que pode ser medido e observado. Ele defendia a ideia de que a ciência é uma atividade humana que envolve julgamentos de valor e que não pode ser reduzida a uma simples descrição dos fatos.
Canguilhem influenciou muitos filósofos e cientistas, incluindo Michel Foucault e Gilles Deleuze. Sua obra continua a ser estudada e debatida na filosofia da ciência e da medicina.
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